Jofran P. Oliveira

psicólogo/psicoterapeuta – crp 06/125148

28 de fevereiro de 2017
por Jofran
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Na vida a dois não vale a pena ser individualista.

Se cada um dos membros do casal tem convicção de que está dando mais do que recebendo, ou seja, que é credor do outro, tem-se a indicação de um desgaste que pode terminar no fim da relação.  O individualismo está falando mais alto, cada um dos membros está muito mais interessado na satisfação pessoal do que na construção de um relacionamento saudável baseado em confiança, cumplicidade e cooperação. Continue Lendo →

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25 de dezembro de 2016
por Jofran
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Pensata: Vida e carreira ou “porque amo muito tudo isso! ”

Além de formação em TI e administração (hoje se chama MBA), tenho formação em psicanálise e psicologia. Continuo trabalhando em TI e em paralelo praticando a misteriosa arte da psicoterapia em consultório privado.

Chego aos 52 com três filhos, um neto e uma vida familiar digna de um comercial de margarina (no campo afetivo, para o glamour a grana não chega…) – sim, isso é possível! Também como profissional de TI com larga experiência, mas experiência mesmo: desde técnico de campo do finado Banespa onde fazia cabeamento de rede e detectava problemas estranhos como quedas na rede – as vezes, a faxineira ligava o aspirador de pó na estabilizada. Ai já viu né… Caos total, agencia não abre, gerente furioso, suporte sendo xingado até a última geração. Passei por programação, análise e gestão. Banespa, Santander, Brasilprev, Unilever, Getronics, Stefanini, Spread, Sênior e atualmente BNP Paribás. Projetos minúsculos que davam sono e projetos gigantescos em que a adrenalina ia a mil. Tive contato com gestores brilhantes e gerentinhos medíocres. E, sinceramente, ainda me sinto muito produtivo. No popular, “ainda tenho muita lenha pra queimar”.

Se para o bem ou para o mal, as coisas não acontecem exatamente como queremos: mercado, crise, capitalismo selvagem, golpes de estado e por aí vai. Lembro muito bem que meu salário vinha crescendo ano a ano até 2008/2009, estagnando daí em diante e finalmente, recebi uma proposta indecente em 2013, quando fui convidado a assinar um contrato reduzindo meu salário em quase 40%. Isso mesmo: QUARENTA PORCENTO!

A saída para mim foi óbvia: hora de arrumar as malas e seguir em frente. Fui ao encontro do monstro aterrorizante chamado “mercado”. Não foi uma decisão tomada intempestivamente. Tenho boa saúde financeira. Fui em frente! Como se diz “engatei a primeira marcha e não olhei pra trás”.

Felizmente, além de TI e administração, meus interesses sempre ficaram entre filosofia, sociologia, política, economia, e humanidades em geral. Por que o espanto? Economia é sim um campo das ciências humanas! Espero que os economistas de plantão me perdoem a heresia. Tanto é que atualmente temos disciplinas como Psicologia Econômica e Economia Comportamental. O fato é que resolvi voltar a estudar (a tal história do plano “B”). Primeiro psicanálise e depois disso, faculdade de psicologia – psicólogo devidamente inscrito no CRP! Sou um sujeito realizado, profissionalmente, afetivamente na medida em que confio plenamente na minha família e em nossa capacidade de superar problemas. Resumidamente, sou um homem feliz.

O caminho não é simples. Não sei quantas vezes pensei em largar tudo, me separar, desaparecer, chegar na empresa e jogar o monitor no chão, mandar o chefe catar coquinho e outras infâmias impublicáveis. No balanço, muito mais frustração do que prazer. Muito mais decepção do que motivação.

Curiosamente vejo menos gestores competentes e mais “entendidos em tudo” publicando textos e mais textos chatos sobre quase tudo: ética, política, econômica, comportamento, psicologia, sexo, relacionamentos e a maioria deles começam com armadilhas como “você precisa…”, “o que fazer em caso de…”, “você sabia que…”, “mude sua vida…” e os piores são “como ficar milionário em dois meses…”, “fórmula da multiplicação da riqueza do fulano de tal…”. Vendem-nos a ideia de que “felicidade” é alguma coisa simples. Via de regra, esses ensinamentos mais parecem um “pequeno manual de como se tornar um egoísta arrogante profissional”. E antes de dizer que não se deve acreditar nessas coisas o que recomendo é ler com espírito crítico. Será que as coisas acontecem tão facilmente assim? Garanto que não. Autoconhecimento, maturidade, felicidade são conquistas árduas.

Algo que aprendi com a vida, e a psicanálise/psicologia me ajudaram a estruturar esse aprendizado é que não existem soluções mágicas. Cada pessoa, cada ser humano possui suas próprias dores, suas próprias cicatrizes abertas e deve buscar sua cura.

Monstros que nos assombram, todos temos e à medida que os conhecemos mais intimamente, acabam se tornando gatinhos manhosos, deixam de nos aterrorizar.

Cicatrizes depois de curadas deixam marcas, marcas que nos lembram e nos fazem caminhar, olhar em frente.

Não tenho a pretensão de ensinar nada a ninguém e muito menos que meu pensamento siga de guia para alguém. Trata-se apenas de uma reflexão que resolvi publicar depois que já ter dado mais de 400 consultas psicológicas e percebido como temas relacionados a vida, carreira, dinheiro, meritocracia trazem sofrimento significativo para a maioria das pessoas.

E por falar em meritocracia, que é um conceito muito bonito e, acredito que funciona sim em alguns contextos.

Por outro lado, peço aos leitores que reflitam sobre: há um grupo de pessoas, seres humanos que estão totalmente excluídos da vida em sociedade, no aspecto econômico, educacional, saúde. São invisíveis à sociedade. Para essas pessoas, meritocracia não existe – não tem acesso a nada. Então, vamos ser um pouco mais humanos e relativizar determinadas ideias, ou melhor, ideologias nocivas ao convívio social.

Um grande abraço!

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27 de novembro de 2016
por Jofran
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Sobre riqueza e pobreza. Alguns erros cognitivos que chegam no consultório…

A ganancia – não existe almoço grátis baby…

Um dos gatilhos mentais mais poderosos é a ganancia. Aliás, recurso muito utilizado por pessoas que querem nos vender algum curso online. Via de regra recebo pop-ups com ofertas irrecusáveis: “Veja como o fulano ganha R$ 12.345,67 por semana trabalhando apenas duas horas por dia.…” ou então “transforme R$ 1.500,00 em R$ 234.567,89 em apenas dois meses…” e as vezes aparece algum mané contando uma história triste: “antes eu era um quebrado que nem você, andava de ônibus e não tinha dinheiro nem para ir ao cinema mas, depois que descobri o método da multiplicação da riqueza do fulano de tal, só ando de Mercedes e passo o fim de semana em Miami…”. É direito de qualquer um acreditar nessas bizarrices, sem problemas.

Juros e lucro – No longo prazo todos estaremos mortos…

Nos países hispânicos o termo para a palavrinha mágica usada no português para definir o spread cobrado em um empréstimo, ou seja, “juros” é “intereses” e a palavrinha que define “lucro” é “ganancia”. Que coisa interessante…. Os hispânicos são bem menos hipócritas que os que falam português, pelo menos é o que parece. A única verdade universal sobre “lucro” é que advém da utilização de trabalho assalariado. O lucro aumenta na medida em que mais pessoas trabalham para você. No marketing multi-nível funciona do mesmo jeito: você vende alguma coisa e parte do valor vai para quem está no nível superior e assim por diante.

Agora, se você for um banqueiro, nada disso vale.  O dinheiro vem fácil. Você paga 1% ao mês de juros na aplicação e cobra 15% ao mês no empréstimo. Fica fácil demais…. Se for bancário, continua ferrado.

Deus quer que você enriqueça…

Deixe de hipocrisia. Assuma de vez que quem quer enriquecer é você mesmo e ponto final, é mais honesto. Pare para pensar alguns minutos. O que é sucesso para você? É acumular riqueza? Mandar seus filhos para a universidade? Ajudar os pobres? Comprar uma casa na praia? Ajudar pessoas a terem uma vida melhor? Ser feliz? É possível que depois dessa reflexão o dinheiro talvez não continue sendo tão importante na sua vida, talvez ele se torne apenas um meio para atingir seus objetivos. O bom e velho Freud, que muito admiro, tem ótimas considerações sobre o assunto.

Boa leitura!

obs.: Semana que vem continuo com o caso do Zeca, o sujeito mais estressado que conheci na minha vida…

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23 de setembro de 2016
por Jofran
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[O mundo do trabalho]

O pensamento corrente na psicologia de folhetim, muito presente nas redes sociais e blogs de colunistas especializados nesse campo, vive nos convidando a refletir sobre o mundo do trabalho: que trabalhar é divertido, que é possível extrair prazer da atividade laboral. Somos obrigados a “amar” nosso trabalho, temos que “dar o melhor de sí”, “fazer a diferença”. Continue Lendo →

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14 de setembro de 2016
por Jofran
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Saúde financeira – cobranças por telefone, o que fazer?

Me parece que melhor a fazer é ignorar essas ligações. Agir “friamente”. Se receber uma ligação de cobrança e ainda não estiver em condições de renegociar sua dívida, informe o fato ao cobrador sempre que for contatado até que esteja em condições de fazer um bom acordo. Em situações assim, procure prezar pela sua saúde mental/emocional. Continue Lendo →

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10 de setembro de 2016
por Jofran
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A MORAL E A RELIGIÃO [Papo de consultório]

Tenho a opinião de que o mais adequado seria que as pessoas pudessem desenvolver um senso moral próprio, baseado nas mais nobres práticas da vida em sociedade, tais como tolerância, respeito às diferenças de gênero, raça, credo religioso, preferencias ideológicas, politicas, de alimentação, sexo e tudo o mais que nos torna únicos e deixassem para a religiosidade apenas a questão espiritual. Continue Lendo →

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31 de julho de 2016
por Jofran
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Saúde financeira

De acordo com blogs e sites de educação financeira, “saúde financeira” pode ser o seguinte: “ter o controle do dinheiro de forma que se possa atingir os sonhos materiais de curto, médio e longo prazos” (fonte: www.dsop.com.br)

Em tese então, ter saúde financeira ou uma vida financeira saudável não significa propriamente ter muito dinheiro ou ser rico. E de fato, conheço pessoas que tem renda alta, mas que estão muito endividadas; por outro lado, também conheço pessoas com rendimentos modestos que estão construindo seu patrimônio numa boa.

Em relação às pessoas que se endividam além da conta dá para perceber que, via de regra, sempre gastam mais do que ganham – fato que pode acontecer eventualmente na vida de qualquer um – mas nunca o tempo todo. Como isso acontece?

Na maioria das vezes gastar além da conta está relacionado com características comportamentais da pessoa. Geralmente são pessoas impulsivas que tem dificuldades para conter seus impulsos, a dificuldade vai de grau moderado a severo.

Então, pensar no conceito de “consumo consciente”. Antes de comprar alguma coisa, costumo me fazer algumas perguntas:

– Eu preciso realmente disso ou daquilo, ou apenas estou com vontade de comprar?

– Se for realmente necessário, tenho dinheiro para comprar ou terei que me endividar?

– Se posso comprar, tem que ser realmente agora?

Outra dica: se estiver com aquela coceira para comprar algo, por exemplo, um celular novo ou trocar de carro, tente esperar um pouco, alguns dias ou semanas. Não esqueça: toda semana você recebe um e-mail com “a última oportunidade da sua vida” de adquirir alguma coisa.

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11 de julho de 2016
por Jofran
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Otimismo e a fábula do copo “meio cheio”

Muito comum no “face” um pequeno teste que determina se a pessoa é otimista ou pessimista: coloca-se uma figura de um copo com água até a metade e vem a pergunta fatal: O copo está meio vazio ou meio cheio? Então se a pessoa responde que está “meio vazio”, pronto! A sentença: pessimista! Nada mais tolo, ingenuo e cruel.
Alguém que esteja passando por problemas de difícil solução, de qualquer ordem, tende a olhar para a vida de um modo diferente do que quando está bem. Há também pessoas que tem uma visão mais critica que outras em relação à vida, às circunstâncias: meio ambiente, economia, politica, etc. Por exemplo os comentaristas dos telejornais e blogueiros que normalmente nos dão as más noticias pela manhã. São todos eles pessimistas (e portanto deveriam estar em terapia…) ou estão apenas fazendo uma análise dos eventos que permeiam a vida na sociedade e tecendo previsões baseadas na história dos acontecimentos?
Uma situação muito comum que acontece no dia-a-dia: Um jovem casal estava pensando em iniciar uma vida a dois. Conversando com o rapaz, declarou estar “pessimista”, pois sua jovem parceira seria para ele, uma pessoa controladora, possessiva e obsessiva e emocionalmente descontrolada. Já a moça, estava muito “otimista”, pois estaria ao lado de seu grande amor, poderia compartilhar mais intensamente os momentos de intimidade e já tinha até planos para a futura família.
E agora José…

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4 de julho de 2016
por Jofran
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Dor na relação sexual

Um número significativo de mulheres sente dor durante o ato sexual, dificultando a penetração. A intensidade da dor pode variar de um pequeno desconforto até uma dor insuportável, inviabilizando o ato sexual em si e via de regra, causa de desapontamento mutuo no casal.

Essa perturbação do desejo sexual feminino recebe o nome de VAGINISMO: contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração pelo parceiro e em casos extremos, até do espéculo em exames ginecológicos de rotina. Não se consegue controlar o movimento de contração, mesmo quando se deseja o ato sexual.

Vários fatores determinam a origem do problema: causas orgânicas como por exemplo, infecções urinárias e outras e há também o vaginismo de origem psíquica.

Nessa situação o melhor a se fazer é procurar ajuda especializada: ginecologista, fisioterapeuta, terapeuta sexual e psicoterapeuta são os profissionais que podem ajudar. Em São Paulo, a UNIFESP possui um centro de atendimento especializado. A sua autoestima vem em primeiro lugar.

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